Precificação é o “ato de determinar um preço”, mas seu significado é muito mais complexo do que isso. Muitos empreendedores não entendem todos os custos na hora de estipular o preço de um produto ou serviço e por isso, a precificação é considerada um dos processos mais desafiadores para donos de empresas, principalmente das pequenas.
Muitos se baseiam nos preços da concorrência, mas para chegar no preço de venda ideal, é preciso considerar todos os custos, padrões de mercado, margem de lucro desejada, percepção de valor dos clientes e outros fatores.
Só assim é possível praticar preços coerentes, tanto com o mercado, tanto para garantir um bom faturamento que cubra os gastos da sua empresa e gere lucro.
Para ajudar você, nesse artigo daremos várias dicas para você precificar seus produtos e serviços de forma correta. Confira!
E, boa leitura!
Antes de tudo, vamos entender o que é precificação?
Na prática, podemos definir precificação como “o ato de definir os preços de produtos ou serviços”. Para isso, devem ser considerados:
- Os custos do negócio, como aluguel, tarifa de água e salários;
- Padrões de concorrência;
- Percepção dos consumidores;
- Lucro esperado por parte do empresário.
Parece fácil, mas não é. Principalmente se considerarmos que as empresas dependem dos recursos obtidos com as vendas para manter as portas abertas.
Qualquer alteração no mercado, como uma concorrência inesperada, pode fazer com que o empreendedor tenha que aumentar ou baixar o preço, antes de fazer um estudo se isso será saudável ou não para o negócio.
Acompanhar os cálculos utilizando a tecnologia como aliada, ou por meio de um sistema ERP, fica mais fácil e torna a precificação mais simples. Fazendo isso, as chances de fazer uma precificação correta aumenta bastante.
Qual a importância da precificação para as empresas?
Se você pensa que somente dobrando o valor do custo está tendo 100% de lucro, você está errado.
A precificação deve ser coerente com os custos totais do negócio, e ao mesmo tempo oferecer valor agregado ao cliente, bem como seguir os padrões de mercado.
Também devem ser levados em consideração os diferenciais e benefícios dos produtos ou serviços em questão, para valorizar esse preço.
As questões que envolvem os pontos de vendas e os custos de distribuição também precisam estar de acordo com o custo-benefício.
Por isso podemos dizer que uma boa precificação:
- Reduz o risco de perder clientes por preço alto ou baixo demais (que pode gerar dúvidas sobre a qualidade do produto ou serviço);
- Ajuda no equilíbrio financeiro, já que o lucro é definido a partir do valor das vendas;
- Contribui para que a empresa se mantenha competitiva no mercado;
- Possibilita que a empresa faça estratégias de marketing mais agressivas, para que o público não conteste o valor do que ela oferece.
Quais são os objetivos?
Se engana quem acha que o cliente é atraído somente pelos preços. Os principais objetivos da precificação são:
- Satisfazer o consumidor;
- Atingir o público-alvo;
- Enfrentar a concorrência;
- Melhorar o resultado da empresa;
- Pagar obrigações.
Quando a empresa atinge o ponto de equilíbrio, significa que os custos estão se igualando a receita, e é a partir desse momento que o negócio se torna sustentável e está pronto para começar a usufruir dos lucros.
Se isso não ocorrer, é preciso rever todos os processos, mas não é para desanimar. É preciso sentar, e concentrar os esforços para buscar o ponto de equilíbrio e buscar o lucro – que é o que realmente interessa ao empreendedor.
Sendo assim não basta ter uma boa rentabilidade, é preciso que a empresa tenha dinheiro necessário para pagar os custos e as despesas.
É preciso correr atrás de lucro, operar acima do ponto de equilíbrio, com dinheiro em caixa. Assim, além de ter dinheiro sobrando, é possível realizar investimentos, comprar novos equipamentos, e fazer o que for necessário para o negócio crescer.
A importância de saber a diferença entre preço e valor:
O preço de um produto ou serviço representa a quantia que terá que ser paga para adquiri-lo.
Já o valor, representa os benefícios e diferenciais que determinado produto ou serviço entrega aos clientes.
Por exemplo, o preço de uma cadeira é o número que está no site ou da loja. O valor do produto está no conforto e bem-estar que ela vai proporcionar para quem vai se sentar nela.
Se você quer um lugar agradável para se sentar, seja com objetivo de trabalhar ou estudar, não vai se importar em pagar o preço da cadeira, pois está interessado nos benefícios que ela vai proporcionar.
Por isso, ao definir o preço, você também vai agregar valor aos seus produtos ou serviços.
O objetivo de toda essa explicação é fazer com que o empresário entenda que o preço final de um produto não deve ser formulado apenas a partir de cálculos, mas também com base na necessidade e desejo dos seus clientes. Interessante, não é?
O que influencia a precificação?
Outros fatores podem interferir na precificação dos seus produtos. Os impostos por exemplo, são calculados conforme o regime tributário da empresa, e os custos de produção ou compra também devem ser considerados na hora de fazer sua precificação. Como falamos no início do artigo, a concorrência também deve influenciar no preço a ser cobrado, pois se você está oferecendo os mesmos produtos ou serviços que seus concorrentes em condições iguais, não faz sentido ter um preço alto ou baixo demais.
É claro que o preço não precisa ser exatamente igual, mas manter-se na média é o que é praticado pelo mercado. A sua estrutura, por exemplo, pode justificar um preço um pouco mais alto. É importante ressaltar também que precificar produtos e serviços são tarefas bem diferentes.
É mais difícil determinar quanto vale um produto, e é mais fácil determinar quando vale um serviço, pois o produto já é um item tangível. Por isso, a precificação de produtos e serviços jamais deve ser igual.
Com toda essa explicação, acreditamos que agora você esteja mais confiante para fazer a precificação de seus produtos ou serviços. Siga essas dicas, e conte com a ajuda de um contador especializado, se tiver dificuldades. Até a próxima!
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