Passo a passo para uma precificação correta! 

Um processo de precificação envolve mais do que simplesmente calcular os custos e adicionar uma margem de lucro. 

É necessário entender o mercado, os clientes e como os produtos ou serviços se encaixam no contexto competitivo. 

Além disso, é preciso considerar aspectos como custos, valor percebido pelo cliente e estratégias de posicionamento de mercado.

Neste artigo, falaremos sobre a flexibilidade na precificação. Isso envolve ajustar os preços com base em mudanças no mercado, custos ou estratégias de negócios. 

Uma abordagem flexível pode ser fundamental para responder rapidamente a novas oportunidades ou desafios do mercado.

Com as estratégias e dicas certas, a precificação não precisa ser um desafio, mas sim uma oportunidade para impulsionar o sucesso do seu negócio.

Vamos lá?

Compreendendo os custos: a base da precificação

Compreender os custos é fundamental no processo de precificação. 

Esta etapa é a base que sustenta como os preços se estabelecem, garantindo que a empresa não apenas cubra seus gastos, mas também gere lucro. 

A ideia aqui é simples: conhecer todos os custos envolvidos na criação e venda de um produto ou serviço.

Primeiro, consideramos os custos diretos. Estes são os custos claramente associados à produção de um produto ou à prestação de um serviço. 

Por exemplo, no caso de um produto, isso inclui materiais e mão de obra. 

Para um serviço, podem ser os custos com pessoal e ferramentas usadas diretamente no serviço. É importante lembrar que esses custos variam dependendo da quantidade produzida ou do serviço prestado.

Em seguida, olhamos para os custos indiretos. Estes são os custos que não estão diretamente ligados à produção, mas são essenciais para o funcionamento do negócio. Isso inclui aluguel, contas de energia, salários de funcionários não diretamente envolvidos na produção e outras despesas gerais. 

Esses custos geralmente são fixos, ou seja, não mudam muito independentemente da quantidade de produto produzida ou serviço prestado.

Além disso, é preciso considerar custos adicionais que podem surgir, como taxas, impostos e até despesas com marketing e vendas.

 Esses elementos podem afetar significativamente o custo total e devemos levar em conta na precificação.

Análise de mercado e competição

Essa etapa envolve olhar para fora da empresa e entender o ambiente em que ela está inserida. 

Ao fazer isso, as empresas podem definir preços que são competitivos e atraentes para os clientes.

Começamos observando o mercado. Isso significa entender quem são os clientes, o que eles valorizam e quanto estão dispostos a pagar por produtos ou serviços semelhantes. 

Essas informações são fundamentais para definir um preço que os clientes considerem justo e estejam dispostos a pagar.

Depois, temos que voltar nossa atenção para a competição. Aqui, o objetivo é entender os preços que as empresas praticam, principalmente as que oferecem produtos ou serviços similares. Saber o que os concorrentes estão cobrando ajuda a definir um ponto de referência para os próprios preços. 

Não se trata apenas de igualar ou subcotar os preços dos concorrentes, mas de entender onde seu produto ou serviço se encaixa no espectro de preços do mercado.

Essa análise também deve considerar as características e a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela concorrência. 

Se o seu produto tem características ou qualidades superiores, pode ser justificável cobrar mais. 

Por outro lado, se o mercado é muito sensível a preços, pode ser necessário encontrar maneiras de reduzir custos e oferecer um preço mais competitivo.

Importante também é entender as tendências do mercado. Isso inclui mudanças nos hábitos dos consumidores, novas tecnologias ou mudanças econômicas que podem afetar como os clientes veem o valor e o preço. 

Estar atento a essas tendências pode ajudar a empresa a ajustar seus preços de forma proativa, mantendo-se relevante e competitiva.

Percepção de valor pelo cliente

Aqui, trata-se de entender como os clientes veem o produto ou serviço e o quanto estão dispostos a pagar por ele. 

Esta percepção vai além do custo real do produto, englobando elementos como qualidade, marca, experiência do cliente e exclusividade.

Inicialmente, é importante reconhecer que o valor percebido pode variar significativamente entre diferentes grupos de clientes. 

Alguns podem valorizar a durabilidade e a qualidade, enquanto outros podem focar mais no status ou na inovação que o produto oferece. 

Entender essas nuances ajuda a definir preços que correspondam às expectativas e necessidades de diferentes segmentos de clientes.

A forma como o produto ou serviço se apresenta e se vende influencia fortemente a percepção de valor. Uma boa apresentação, publicidade eficaz e um forte serviço ao cliente podem elevar a percepção de valor, permitindo que a empresa estabeleça um preço mais alto. 

Outro ponto importante é a consistência. Os preços devem refletir consistentemente a imagem e a qualidade da marca. 

Se os preços são muito baixos para um produto de alta qualidade, isso pode confundir os clientes e desvalorizar a marca. 

Da mesma forma, preços excessivamente altos para produtos de qualidade mediana podem afastar os clientes.

Também é vital considerar a experiência do cliente. Aspectos como facilidade de compra, suporte ao cliente e a experiência de uso do produto contribuem para a percepção de valor. Uma experiência positiva pode justificar um preço mais alto, enquanto experiências negativas podem diminuir a disposição do cliente em pagar.

A empresa deve estar atenta às mudanças nas percepções de valor. As expectativas dos clientes podem mudar com o tempo devido a fatores como novas tendências, mudanças econômicas ou novos concorrentes. 

Manter-se atualizado com estas mudanças é fundamental para ajustar os preços de acordo com a percepção de valor atual do mercado.

Estratégias de precificação eficientes

Uma das estratégias mais comuns é a precificação baseada em custos. Aqui, o preço é estabelecido adicionando uma margem de lucro aos custos totais de produção ou aquisição do produto. 

A precificação baseada na concorrência é outra estratégia popular. Esta abordagem envolve definir preços em relação aos dos concorrentes. 

É uma boa estratégia em mercados altamente competitivos, onde pequenas diferenças de preço podem influenciar a escolha do cliente.

Outra abordagem é a precificação baseada em valor, que considera o valor percebido do produto ou serviço pelos clientes. 

Esta estratégia pode permitir preços mais altos se os clientes perceberem um alto valor, como em produtos de alta qualidade ou com características únicas. 

Ela requer um bom entendimento das necessidades e percepções dos clientes.

A precificação dinâmica é uma estratégia mais flexível, onde os preços se ajustam regularmente com base em fatores como demanda, sazonalidade ou mudanças no mercado. 

Esta estratégia é útil em mercados voláteis ou para produtos com demanda sazonal.

Também existem estratégias de precificação psicológica, que levam em conta como o preço é percebido. Por exemplo, um preço de R$ 9,99 pode ser visto como significativamente mais barato do que R$ 10,00, mesmo que a diferença real seja pequena. 

E a precificação promocional pode ser usada temporariamente para aumentar as vendas ou a visibilidade do produto. Isso inclui descontos, ofertas por tempo limitado ou pacotes promocionais. 

Embora possa impulsionar as vendas a curto prazo, deve ser usada com cuidado para não diminuir a percepção geral de valor do produto.

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